segunda-feira, 15 de julho de 2013

Socialismo - teste

Como escutei reclamações pela não atualização do blog hoje, resolvi colocar uma coisa bem rápida para distrair. Bom, estou fazendo mestrado, ultimas provas... então , minha situação não está das melhores rsrsr por isso que abandonei o blog. Desculpem. Retornarei aos poucos sem muita pretensão. Quando tiver férias volto a atualizar isso direito, como deve ser.
É uma história que já conhecia e que provavelmente algumas pessoas também devem conhecer.
http://www.engenhariae.com.br/colunas/professor-que-nunca-havia-reprovado-um-so-aluno/
Essa história é conhecida por muitos economias. Não sei se é de fato verdade, se é lenda urbana rsrsr, mas vale leitura e reflexão.
Nas férias vou tentar aproveitar para cá algumas coisas interessantes do mestrado.

Beijinhos

sexta-feira, 15 de março de 2013

A verdadeira história do mágico de Oz (como você nunca ouviu)

Hoje, por incrível que pareça, o título realmente é o que é. Sem alusões a mais nada.
Essa história de criança que ficou famosa no mundo todo é, na verdade, e para espanto de muitos, uma lição sobre história econômica.

Dessa vez, não vou escrever com minhas próprias palavras. Isso porque quando escrevo é para simplificar e tornar a coisa um pouco mais divertida do que da maneira formal de ensinar economia. Mas dessa vez, acho que a explicação e o tema em si já está em um contexto divertido e simples o bastante. O texto de hoje  será retirado de um livro de economia, e portanto, cito sua referência bibliográfica antes de mais nada, para os devidos créditos ao autor: N. Gregory Mankiw, "macroeconomia" quinta edição, Editora LTC, cap 4 pag: 68

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"O movimento da prata livre, a eleição de 1896 nos Estados Unidos e o mágico de Oz"

As redistribuições da riqueza causada por mudanças inesperadas do nível de preço são com frequência uma fonte de distúrbio político, como ficou evidenciado pelo movimento da Prata Livre, ao final do séc XIX nos Estados Unidos.
De 1880 a 1896, o nível de preços no país caiu 23%. Essa deflação foi boa para os credores, em particular, os banqueiros da região Nordeste, mas foi ruim para os devedores, em particular os fazendeiros das regiões Sul e Oeste do país. Uma solução proposta para esse problema foi a substituição do padrão ouro por um padrão bimetálico, pelo qual tanto o ouro quanto a prata poderiam ser cunhados em moedas. A mudança para um padrão bimetálico aumentaria a oferta de dinheiro e acabaria com a deflação.

A questão da prata prevaleceu a eleição presidencial de 1896. William McKinley, o candidato republicano, fez campanha com uma plataforma de preservação do padrão ouro. Willian Jennings Bryan, o candidato democrata, era favorável ao padrão bimetálico. Em um discurso famoso, Bryan proclamou: " Não empurrarão na cabeça do trabalho essa coroa de espinhos, não vão crucificar a humanidade numa cruz de ouro". Não surpreende que McKinley fosse o candidato do establishment conservador do Leste, enquanto Bryan era o candidato dos populistas do Sul e do Oeste.

Esse debate sobre a prata encontrou sua expressão mais memorável em um livro para crianças, O Mágico de Oz. Escrito por um jornalista do Meio-Oeste, L. Frank Baum, logo depois da eleição de 1896, o livro conta a história de Dorothy, uma menina perdida numa terra estranha, longe de sua casa no Kansas. Dorothy (representando os valores tradicionais americanos) faz três amigos: um espantalho (o agricultor), um homem de lata (o trabalhador industrial) e um leão, cujo rugido excede seu poder ( William Jennings Bryan). Juntos, os quatro percorrem uma perigosa estrada de tijolos amarelos (o padrão ouro), esperando encontrar o Mágico que ajudará Dorothy a voltar para casa. Acabam chagando a Oz (Washington), onde todos vêem o mundo através de óculos verdes (o dinheiro). O mágico (William McKinley) tenta ser todas as coisas para todas as pessoas, mas se revela uma fraude. O problema de Dorothy só é resolvido quando ela toma conhecimento do poder mágico de suas sandálias de prata.
Embora os republicanos tenham ganho a eleição de 1896 e os Estados Unidos tenham permanecido no padrão ouro, os defensores da Prata Livre conseguiram a inflação que queriam. Na época da eleição, descobriu-se ouro no Alasca, na Austrália e na África do Sul. Além disso, os refinadores de ouro criaram o processo de cianeto, que facilita a separação do ouro do minério. Esses acontecimentos levaram a aumentos da oferta monetária e dos preços. De 1896 a 1910, o nível de preços subiu 35%.

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Vale incluir um pedaço de uma nota de rodapé do autor:"O filme realizado 40 anos depois escondeu grande parte da alegoria, ao mudar as sandálias de Dorothy de prata para rubi. (...)


Bom, é isso! Gostaram? Interessante né?
Bjo =)
Até mais!



terça-feira, 12 de março de 2013

A esperança

Ai ... a esperança ...
Esperança por dias melhores, por mais saúde, dias amenos de sol, mais diversão, por mais sucesso no trabalho, por mais facilidade em aprender as coisas.
Se eu pudesse pedir algo para um gênio da lâmpada , seria aprender e conseguir reproduzir o conhecimento de qualquer coisa em no máximo um mês. Não interessa o que fosse: desde um origami, até a construção de um prédio.
Isso me permitiria uma infinidade de benefícios: Viajar para todos os países falando fluentemente sua língua natal, aprender com desenvoltura matérias de faculdade que acho fantásticas, mas tenho dificuldade. Poder construir móveis de arquitetura, lustres, carros mais econômicos ..... qualquer coisa, em no máximo um mês.
Agora pense você, se pudesse pedir algo para o gênio da lâmpada, o quê pediria?
Embora a probabilidade de um gênio aparecer logo para a gente seja nula, não custa nada sonhar um pouquinho .... Afinal....... Vai quê acontece.... né? srsrsrsrs

Esse blog hoje, embora vá falar de esperança, não será bem essa a esperança que mencionei, mas sim a esperança estatística.

O quê é esperança para eles? Podemos dizer com um certo desdém que a esperança deles é conseguir calcular qual o número que irá sair, levando em conta a probabilidade dele sair.
É uma medida tipo a média, mas é calculado de maneira diferente.

Vejamos um caso como o de um investimento:
Marcelo tem duas propostas:
Caso 1- Ganhar 100 reais caso invista na poupança
Caso2-Ganhar 150 reais ou ficar apenas com 50 reais em uma aposta. A chance (probabilidade) de cada um ocorrer é de 50%

Esperança do primeiro caso: Ganha 100 reais com certeza, ou seja, probabilidade 1
E(Caso 1) = 100*1=100
Esperança do primeiro caso: Ganha 150 reais com chance de 50% ou ganha 50 com a mesma chance.
E(Caso 2) = 150*0,5 + 50*0,5 =75+25=100

Nesse caso que demos, o caso 1 e o 2 deram esperanças iguais. Entretanto , se , ao invés de 150, ganhássemos 140, esse valor de esperança já não seria o mesmo. E o mesmo ocorre caso mudássemos a probabilidade de cada evento do caso 2.

Agora imagine que você seja o Marcelo, o que é melhor? O caso um ou o caso dois?

Essa pergunta não possui uma resposta certa, pois ela depende do perfil que você possui.

- Caso você prefira ganhar cem reais com certeza, você tem um perfil conservador.
-Caso você prefira arriscar perder 50 reais em relação ao caso 1, pois está visualizando que pode ganhar os 150 ao invés de só 100, você é um investidor agressivo, isto é, um investidor que aceita correr o risco em busca de resultados melhores.

Por isso que existem tantas possibilidades de investimentos: LTN, poupança, renda fixa, renda variável....
Cada uma oferece mais ou menos risco para o seu investidor e é razoável imaginar que quanto mais risco o investidor está disposto a arcar , mais ele quer ser remunerado por isso.
Assim, investimentos consideráveis mais seguros, como é o caso da poupança, possuem um juros bem baixinho. Ao passo que investimentos mais arriscados, possuem um juros muito maior, mas muito mais chance do investidor ter perdas também.

Espero que tenham gostado do texto.
Até mais =)


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Prefere doar pra alguém a dar seu dinheiro pro governo?

Olá,

Eu estava pensando em colocar algo mais didático ... mas depois que li esta reportagem achei que merecia um destaque aqui.

Para acessar:

http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imposto-de-renda/noticias/como-doar-seu-imposto-de-renda-em-vez-de-paga-lo-ao-governo

Prometo que o próximo post será maior rsrs


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Apocalipse Zumbi

O The economist, uma revista super conceituada no ramo de economia,  publicou dia 16 sobre os políticos brasileiros , e .... os chamou de zumbis!!!!

Para ler o texto no original acesse:

http://www.economist.com/news/americas/21571896-despite-serial-corruption-allegations-old-guard-just-keeps-coming-back-unstoppable

Para ler o resumo do texto em português, acesse:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,the-economist-chama-politicos-brasileiros-de-zumbis,998472,0.htm

Cuidado .... eles já estão entre nós rsrsrsrsrsrssrrs.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Como já dizia o pica-pau: "Meu dinheirinho, meu rico dinheirinho!"

Pessoas tem padrões de consumo diferentes e isso inclui a forma com a qual se utiliza o dinheiro.
Ao receber seu salário o que você faz? Saca todo ele e fica com o dinheiro em mãos? Deixa uma parte inutilizada e saca aquilo que considera necessário para o mês? Vai sacando várias vezes durante o mês?

O fato é que, quando transformamos dinheiro em moeda (moeda aqui = moeda, nota, ... tudo que não inclua ganho de juros) , perdemos a chance de receber juros. E quando não o transformamos em moeda (deixando ele numa poupança, por exemplo), perdemos em conveniência - afinal, não podemos comprar mate de galão na praia sem moeda, não podemos pagar o trocador do ônibus sem moeda ....

Mas ... qual seria a medida ideal?
(obs: irei desconsiderar a perda de valor da moeda e que sobra dinheiro no fim do mês: as conclusões finais seriam as mesmas ... é apenas para facilitar o entendimento)

opção A) Sacar o dinheiro todo assim que receber e passar o mês com ele:

João recebeu seu salário de R$ 700 no dia 1. Logo depois sacou o dinheiro todo e o levou para casa. João gastou seu dinheiro de forma gradativa, conforme suas necessidades diárias e no dia 30 ... o dinheirinho todo acabou.Assim, no início do mês ele tinha 700 reais, no final do mês ele possuía 0 reais. O dinheiro em poder de João ao longo do tempo variou entre R$700 e R$0 , com média de R$350. E ele gasta um pouco menos de 24 reais por dia.

opção B) Ir duas vezes ao longo do mês no banco sacar o dinheiro. Digamos que o saque seja feito no dia que recebeu e outro no meio do mês.

Marcos também recebe R$ 700  no dia 1. Ele saca 350 reais. No primeiro dia tem 350 reais, no dia 15 tem zero. Ai ele realiza outro saque em seu banco de 350 reais nesse mesmo dia 15 e no dia 30 está zerado novamente.
Agindo assim, Marcos teve um pouco menos de 24 reais para gastar por dia também. Mas o dinheiro em poder de Marcos ao longo do tempo foi em média de R$ 175. Metade do valor que João tinha em sua posse.

Quando Marcos resolveu ficar com menos moeda em sua posse, ele passou a ganhar um pouco de juros dos 175 reais que permaneceram no banco.Entretanto, para esse ganho, ele teve que se dispor a ir mais uma vez no banco e pegar o resto dinheiro no dia 15.

Quantas vezes então seria o ideal para se ir ao banco e sacar dinheiro já que existe esse problema de juros e gasto em se ir ao banco?

Cada pessoa tem um custo interno em ir ao banco. Afinal ... ir ao banco pegar dinheiro não é como ir ao parque de diversões para se divertir ... ir ao banco é algo chato e você poderia estar fazendo algo muito mais interessante da sua vida do que ir até sua agência, num tempo não muito agradável, enfrentar fila, perder seu tempo até conseguir realizar a atividade de sacar seu dinheiro.... Enfim, imagine que fosse possível pagar alguém para ir ao seu banco no seu lugar e que a tarefa dessa pessoa fosse sacar esse dinheiro e entregá-lo a você , no ambiente que você estivesse descansando, se divertindo, ou sendo mais produtivo. Até quanto você estaria disposto a pagar o cara, ao invés de você mesmo realizar a tarefa???? hein , hein???? R$1, R$5, ... R$ 20???? O valor que você considerar que vale é o seu custo em ir ao banco.
 E digamos que o juros seja de 0,03%a.d.

Assim , o custo total  é de:
Custo do juros + Custo de ir ao banco (que por exemplo será de 5) .

Ctotal=juros*dinheiro do poder da pessoa ao longo do ano + 5* número de vezes que se vai ao banco

1-Para João:
0,03%*350+5*1 = R$ 15,50          

2-Para Marcos:
0,03%175 + 5*2 = R$ 15,25

ou com juros 0,04%


3-Para João:
0,04%*350+5*1 = R$ 19          

4-Para Marcos:
0,04%175 + 5*2 = R$ 17



Assim, quanto maior for a taxa de juros, mais você deve estar preocupado em perder juros e mais vezes você deveria ir ao banco, dado um custo de ir ao banco fixo. (comparar 1 e 3)

Mas digamos que o número de assalto aos bancos tenha aumentado consideravelmente e o seu custo de ir no banco aumentou, ou a agência perto da sua casa está em reforma e a próxima agência do seu banco é longe: Em ambos os casos, o custo de ir ao banco aumenta. Nesse caso, quanto maior o custo de se ir ao banco, menos você deve ir até ele, dado um juros fixo.

*Adaptação do modelo original de Baumol-Tobin




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mercado de órgãos e o amor

Olá pessoal,

Hoje escolhi dois temas polêmico de propósito rs.

O mercado de órgãos é algo proibido no Brasil e algo, muitas vezes, de cunho ideológico inaceitável.

Hoje ... Gostaria de mostrar 3 argumentos a respeito do mercado de órgãos:

-Cunho exclusivamente ideológico:
O seu corpo é algo divino e não deve mexido. Geralmente essa é a percepção das igrejas. A doação é um ato maior. Você estaria agindo de forma altruísta. Caso você precise doar um órgão para alguém da sua família, isso é algo admirável. Mas não se pode fazer isso em troca de dinheiro que é considerado algo que as pessoas devem se desapegar. Desta forma: eu não faço isso e ninguém mais pode fazer , pois é errado segundo os ensinamentos da religião da pessoa.

-Cunho exclusivamente econômico:
Criasse um novo mercado. E isso é algo bom! Não interessa quais são os motivos pelo qual você está vendendo seu órgão: Se você quer dinheiro para comprar um carro, ou se é para salvar a vida de alguém, ou conseguir manter seus filhos em um ótimo colégio. De fato, valores são coisas internalizadas. Eu posso não ligar para carros e marcas e você achar o máximo ter tal carro e gastar R$100.000 no carro dos seus sonhos. Você é maluco?Não! Eu sou maluca? Não! Você simplesmente dá um valor diferente para um bem do que eu. Eu não me sinto mais satisfeita em ter um carro de R$ 50.000 ou R$ 100.000. Ambos os carros possuem a mesma utilidade para mim: Poder me deslocar. Talvez para outra pessoa, o de R$100.000 seja mais satisfatório, pois ele se sente bem em ter mais status.

O que quero dizer com tudo isso? Uma pessoa religiosa em uma boa situação financeira provavelmente não venderia seu órgão pois dá mais valor a ele do que ao dinheiro que este pode lhe dar. Talvez uma pessoa mais pobre, e com menos apelo de cunho religioso, não se importe em doar seu órgão para conseguir dinheiro para investir na educação do filho, por exemplo. E assim, o preço do mercado se ajusta.

Talvez o mercado de órgãos seja muito fora da nossa realidade. Mas então, vamos pensar em algo que todos sentem : amor.
Quando namoramos com alguém é natural que tenhamos que abrir mão de certas coisas. Assim, quando uma pessoa tem que escolher se vai realizar um intercâmbio ou vai continuar namorando com a pessoa X. Como ela faz essa escolha?
- Avalia o que a de bom e ruim em ambas as coisas: Ficar perto/longe da pessoa que gosta, não conseguir/conseguir uma melhor posição profissional no futuro, chance/ não chance de conhecer novos lugares....
-Avalia a risco de cada uma das coisas: Pode não gostar do intercâmbio, pode nunca mais falar com o seu namorado, Pode até conseguir as duas coisas se acreditar que a relação é forte o suficiente ....
Como disse, não interessa para que você quer o intercâmbio... Se paras crescimento profissional, se para estudar, se para turismo, se para curtir, para relaxar ...... Cada pessoa dá seu próprio peso para cada atividade. Eu entendo que pessoas possam dar mais valor a 1 mês de descanso e paz longe de tudo, do que continuar com a vida normal que tinha. O que não é meu caso ... Gosto da idéia de sair do meu lugar mas sei que tenho dia e hora e que continuarei a minha vida normal. Como disse, parte de cada um.
Digamos que você julga o amor algo maior do que tudo. Ou seja, você dá ao seu namoro o valor de R$ infinito. Mas infelizmente, ele te restringe algumas situações, como por exemplo, o intercâmbio de 6 meses que você tanto queria fazer.... Se realmente o seu namoro vale R$ infinito .... você recusa a oferta e sem se preocupar muito. Se você não dá esse valor todo e acha que devia investir no intercambio, arcando com as possíveis consequências disso, é uma escolha sua .... e também não existe nada de errado nela.
O fato de você fazer a escolha de uma tal forma, não invalida a possibilidade das outras pessoas fazerem outras escolhas.
Da mesma forma que eu não bebo bebida alcoólica, mas existe um mercado de bebida alcoólica. Desde que as pessoas bebam de maneira consciente e não acabem me atropelando, ou fazendo qualquer outra coisa por causa do efeito do álcool excessivo no sangue, eu acho mais é que deve existir um mercado disso mesmo. Mas agora chegamos em um outro ponto, o terceiro tema:

- Cunho econômico e social:
Esse pensamento permite avaliar o ponto de vista econômico de uma maneira mais crítica .... ou seja... avaliando suas consequências sociais. É razoável acreditar que em um mercado de órgãos sem controle (onde não há nenhuma espécie de controle por parte do governo), pessoas de má índole possam matar pessoas para vender seus órgãos.Ou mesmo, pode ser razoável que a pessoa seja ameaçada para doar seus órgãos. Em ambos os casos, a situação é repudiável. Assim, uma vez que é possível existir um mercado, esse mercado deve ser controlado para que as pessoas que não o utilizam não sejam prejudicadas. Cabe aos governantes do país avaliar se a existência do mercado não autorizado é algo realmente danoso e passível de ocorrer, ou não. Ou se o mercado praticamente inexiste.Se se deve combatê-lo, ou oficializá-lo.
Sim são questões bem complicadas....

*Texto baseado em um artigo do Mankiw : do livro "macroeconomia quinta edição"





terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O seguro-desemprego e suas consequências

Olá,

Desculpem pela demora na atualização, mas estive cuidando de alguns problemas de saúde.Portanto, resolvi me dar 1 mês de descanso rs.
Então, agora, volto a atualizar o blog 1x por semana como sempre =D

O assunto de hoje é o seguro-desemprego.
Em janeiro foi divulgado que o seguro-desemprego sofreu um impacto menor de reajuste. E que isso ocorreu devido a mudança no seu cálculo, que antes era no salário mínimo e agora, passou a ser o INPC.
Para maiores detalhes da reportagem:
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/seguro-desemprego-tem-reajuste-de-6-2-inferior-a-2012
http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/01/seguro-desemprego-tem-reajuste-de-620-em-2013-decide-codefat.html

Assim, como o reajuste foi menor, devido a mudança na forma de calculá-lo, o valor total de cada parcela do seguro-desemprego será menor do que seria pelo cálculo antigo.

Mas como o seguro-desemprego afeta cada trabalhador e a economia de um país?

Qualquer mecanismo por forma de lei acaba por mexer na economia do país de alguma forma. E com o seguro-desemprego, criado em 1986 pelo decreto-lei nº 2284, não é diferente.

No Brasil o seguro desemprego pode ser de , no máximo, 5 meses. Esse número de meses varia de país para país. E alguns países nem sequer possuem este benefício. 


Primeiro,daremos o cenário: Fred está trabalhando faz mais de 5 anos em uma empresa privada. Ocorre uma crise global e esta empresa se vê obrigada a enxugar o quadro de funcionários, ou senão, irá a falência. E Fred, infelizmente, foi um dos escolhidos. 

Fred ganha pouco e não foi capaz de conseguir uma grande poupança durante esse período.

-Situação 1: Fred mora em um país sem seguro-desemprego:

Fred, que já mal conseguia se sustentar com o seu salário, agora está sem salário nenhum, apenas com o que a lei lhe garantia por ter sido demitido sem justa causa. Ele procura desesperadamente por qualquer emprego. Pode trabalhar de bico, pode realizar trabalhos temporários ou informais, pode realizar até trabalhos com CLT que não lhe agradem por serem pouco seguros. Mas Fred não tem muita opção. Ele precisa comer e pagar o aluguel de sua casa. Caso contrário será despejado.

-Situação 2: Fred mora em um país com seguro-desemprego de no máximo 5 meses:

Fred tem um tempinho para respirar. Está recebendo menos do que quando trabalhava, mas já é capaz de pensar no caminho que quer seguir. Embora saiba que em 5 meses é difícil de conseguir um emprego tão bom quanto o que estava, pode procurar com mais calma as empresas que empregam no seu ramo de trabalho. Ele sabe que passado esse tempo, a sua situação começará a se complicar. Então ele começa , desde o dia que ficou desempregado, a economizar dinheiro e vai procurando várias empresas condizentes com o seu antigo emprego, ou até melhores. No segundo ao terceiro mês, ele começa a ficar mais preocupado e começa a procurar empregos um pouco inferiores. No quinto mês ele começa a passar perto do que é a situação 1. Mas pelo menos já conseguiu juntar um pouco de dinheiro nesses 5 meses.

Situação 3: Fred mora em um país com seguro-desemprego de 1 ano:

Fred está tranquilo da vida. Perdeu o emprego , mas agora vai receber um pouco menos , mas não vai ter que trabalhar durante um ano. Não ganha tanto, mas também, pode ir na praia todos os dias agora rs. Está ganhando para não trabalhar. Ele faz uma expectativa de que consiga um novo emprego condizente com o seu trabalho em 6 meses sem dificuldade. Assim, procura empregos muito melhores que o seu antigo durante os 4 primeiros meses, mas não esquenta muito a cabeça em arrumar um emprego. Aproveita para curtir seu momento de "férias". Faltando 6 meses, já começa a procurar emprego de forma mais constante. Com 5 meses, volta para a situação 2.

Quais as conclusões que chegamos nesses casos:

- Existir o seguro-desemprego é algo bom, pois o indivíduo não se vê desesperado e com uma queda abrupta e não antevista em sua renda. Com o seguro, o profissional consegue passar por um período de transição onde passa a ser capaz de prever em qual momento vai passar a ficar sem sua renda vinda do seguro-desemprego e começa a se planejar com isso. É capaz de ir pensando nas melhores alternativas para essa situação adversa.

- O seguro-desemprego deve ter uma data de término: Como fomos capazes de perceber, é importante que o seguro não tenha um prazo grande demais. Possuir um prazo grande significa estimular a não procura por emprego. O seguro-desemprego passaria não a ajudar o trabalhador que está passando por necessidade devido a falta de emprego. Mas na verdade, ele estimularia as pessoas a somente procurarem de fato emprego quando a data estivesse terminando. Se não existisse uma data de término para o auxílio, muitos prefeririam ser sustentados eternamente pelo governo, do que procurar um emprego.  

Desta forma, concluímos que o seguro-desemprego é algo interessante socialmente de se ter. Mas ele deve ter os incentivos corretos. Um período que seja o suficiente para o profissional mudar para um emprego condizente com o 
seu antigo trabalho.

Espero que tenham gostado!
=)


Para maiores detalhes sobre o seguro-desemprego e suas modadlidades acessem: http://www.brasil.gov.br/para/servicos/direitos-do-trabalhador/seguro-desemprego , esse site explica de maneira bem fácil como ele funciona.
Ou esse que é bem completo: http://www.mte.gov.br/Trabalhador/SeguroDesemp/estatistica/Caracteristicas/Conteudo/3337.pdf