segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Google e o Bacen

Semana passada acabei tendo acesso ao seguinte link http://www.ieco.clarin.com/mercados/Google-nueva-cristal-bancos-centrales_0_793720696.html

Este texto, pertencente ao clarín pode parecer bem intrigante e espantoso para alguns. Ele relata que alguns Bancos Centrais utilizam o google em suas análises sobre o PIB. Isso, em um primeiro momento, revela a importancia da internet e da empresa Google nos dias atuais. E revela características econômicas muito mais interessantes e que condizem com essa tomada de decisão de alguns Bacens de incorporar o Google na hora de avaliar o PIB.

Primeiro -  precisamos entender do quê se trata o PIB:
O PIB brasileiro se identifica pela soma em R$ de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil, durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc), e portanto, representa um fluxo. Além disso, itens como compra de carro usado não são considerados no PIB, pois não representam bens finais produzidos no período, sendo considerado apenas transferência de renda. Desta forma, o Banco Central não considera todos os itens de compras,em suas análises, mas apenas aqueles que afetam o PIB.

Segundo - precisamos entender o quê são os modelos utilizados para prever o PIB e o quê significa incorporar o Google nesse modelo - O importante aqui é saber que se usam métodos estatísticos que utilizam estimação de parâmetros capazes de ajudar na identificação do crescimento do PIB. Um parâmetro é uma característica da população e sua estimação se refere a uma amostra deste parâmetro (ex: votação de candidato em eleição. Onde não se pergunta para toda a população em qual pessoa ela irá votar, mas para algumas pessoas,e aí , se estima.)  Essa estimação é testada no modelo e se verifica se pode ser utilizada (consistentes, não-viesados).
A pergunta que o modelo macroeconômico-estatístico faz em relação a utilização do Google é: o quanto o fato das pessoas buscarem itens de compra no google, é capaz, de verdade, em resultar em compra e gerar aumento de  PIB.

Outro ponto - Já existem vários mecanismos que o Bacen utiliza para cálculo de PIB, para quê utilizar o google também? :
Quanto mais informações importantes conseguir se extrair para prever o PIB, mais fácil é de se chegar a um resultado próximo ao realizado. Imagine que você vai realizar uma prova: Você descobre que a prova é de matemática, que cai mais calculo dois e que a pessoa que fez a prova costuma escolher exercícios de tal e tal forma. Com todas essas informações adquiridas é bem capaz que você se dê muito melhor na prova do que se não as obtivessem. Da mesma forma, utilizar o Google é um "plus" em informação. Ele ajuda na previsão do PIB, pois muitas pessoas buscam itens, principalmente duráveis, através deste site antes de realizar a compra.

E por último-
Utilizar o google para esses fins possui alguns problemas, como foi dito na reportagem, o pouco dado histórico do dado e público delimitado (classe que tem internet e costume de realizar busca de compra pela internet), podem deixar a estimação com alguns problemas.

Como plus hoje: E especial parabéns para os cantores que são muito bons.
http://www.youtube.com/watch?v=pd-Nl6_52s4

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Trainee

Hoje falaremos de processo de trainee.
Para muitos cursos o mais natural é depois que a pessoa se forma, ela tentar um processo de trainee.
Nesses casos, os candidatos a trainee ficam meio assustados com a quantidade de pré-requisitos necessários para passar por todas as fases.
Nesse sentido, coloco aqui, minha humilde opinião de detalhes que tornariam o processo seletivo muito melhor para ambas as partes: candidato e empregador.
1-Inglês fluente: Nesse ponto, o candidato que sabe inglês tende a colocar que sim, possui inglês fluente. O que, é meio complicado. Você está tratando de uma lingua que não é a nativa. Portanto, mesmo sendo formado e gostando muito de inglês, é natural que haja alguma dificuldade. Seja em vocabulário vasto, seja em algum tipo de estrutura. Fora que, muitas vezes, simplesmente não é necessário, de fato, o inglês fluente na empresa.
É um tipo de corte, ok, é. Mas é um corte que deveria ter alguma avaliação, pois o seu nível de inglês requer uma resposta de valor. Eu posso achar o meu inglês mais ou menos, mas o empregador pode decidir que é exatamente o que ele precisa. Nesse ponto RH, recomendo:
-Caso seja uma questão de corte de convocados e um desejo da empresa que seus funcionários saibam algo de inglês, principalmente para ler textos na internet e relatórios enviados - escolha uma prova online ou presencial de interpretação de texto. 
-Se a empresa quer que o  funcionário envie relatórios em inglês para clientes - utilize na prova as estruturas de frase também.
-Se a empresa deseja que o funcionário tenha contato direto com clientes estrangeiros - realize a prova escrita e a prova oral.

2- Capacidade de arrumar residência em outro estado ou país: A pergunta é, isso realmente é necessário? Será que as empresas realmente gostariam de um empregado que fosse completamente desapegado a família e amigos? Se eu tivesse uma empresa não sei se gostaria de alguém assim. Me arrisco um pouco mais, e digo que gostaria de alguém que fosse super apegado. Pois uma pessoa que não é apegada na família e em seus amigos não se apega também a uma empresa. Nesse ponto RH, recomendo:
-Caso os funcionários tenham que ficar durante algum tempo em outra região para treinamento - peça que o futuro empregado tenha apenas disponibilidade para viagens de treinamento.
-Caso algum cargo em específico,que de fato precise ficar mudando de residência, exista - pergunte em entrevista, uma vez já selecionado o perfil do futuro empregado, a disponibilidade de mudar de residência.
-Caso as vagas sejam de acordo com a região (economia -RJ; adm -SP ....) - identifique a vaga e o local da vaga antes de tudo, para que o candidato possa decidir se coloca o currículo dele na empresa ou não.

3-Dinâmica de grupo: Empresas, não transformem a dinâmica de grupo de vocês em uma experiência ruim para o candidato. Eu já desisti de  empresas que considero muito boas para se trabalhar pois os membros que estavam realizando a dinâmica eram agressivos com os outros candidatos, ou mesmo faziam perguntas ríspidas para estes.
De qualquer forma, acredito que a dinâmica de grupo tem diversas formas de identificar se a pessoa tem o perfil ou não da empresa. O emprego pode ser sob pressão, mas um emprego sob pressão não significa um emprego com pessoas agressivas e desrespeitosas. E esse é o principal problema que observo nas dinâmicas: Avaliadores mal-preparados.
Acredito que qualquer candidato quer trabalhar em uma empresa que goste e admire e com uma equipe que você possa ajudar e que lhe ajude. Assim, quando quiserem saber se a pessoa trabalha bem sob pressão, dê menos tempo para a execução das tarefas em uma dinâmica de grupo e veja como ela age. Ou em uma entrevista, pergunte quais os critérios que o candidato utiliza quando possui muitas tarefas para executar ao mesmo tempo. Algumas empresas já perderam muitos pontos comigo por serem mal-organizadas durante o processo, terem pessoas de RH mal preparadas, não darem uma resposta ao candidato.... Não se esqueçam que assim como a empresa avalia o candidato, o candidato também a avalia.

Acho que esses são os 3 pontos principais. Espero que tenham gostado do texto.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Bem-Vindos

Olá,

Inspirada por um amigo da época de faculdade, resolvo criar este blog. A ideia aqui é realizar artigos interessantes sobre economia 1 vez por semana. Semanas com conteúdos mais acadêmicos, semanas com curiosidades, semanas por pensamentos aleatórios, semanas com análises de fatos que ocorreram ....mas tudo sobre economia.

Fui aluna de economia. Não é um curso fácil. Mas é muito difícil que os atuais alunos digam que não gostam dele. Eu, em particular, sou grata pela minha escolha. De fato, quanto mais fora do senso comum, mais difícil e menos óbvia a matéria. E quanto menos óbvia, mais interessante ela fica.

Pensar de maneira distinta, sistemática e organizada: Esse é o principal ganho que se tem quando nos tornamos economistas. E esse é o principal objetivo do blog: Explicar coisas óbvias, e outras, bem mais interessantes e não tão óbvias assim.

Ao mesmo tempo - como todas as famosas piadinhas de economistas gostam de enfatizar - não temos uma ciência exata e portanto, críticas, sugestões, reclamações e concordâncias e palavras de incentivo e apoio sobre os conteúdos aqui postados sempre são bem-vindos. Peço apenas que haja respeito pela opinião da blogueira e dos demais membros que comentarem.

Por fim, aqui fica o meu "bien venidos", "welcome",e todas as outras possibilidades de fazer vocês se sentirem bem à vontade neste humilde blog!

Espero que gostem!