sexta-feira, 15 de março de 2013

A verdadeira história do mágico de Oz (como você nunca ouviu)

Hoje, por incrível que pareça, o título realmente é o que é. Sem alusões a mais nada.
Essa história de criança que ficou famosa no mundo todo é, na verdade, e para espanto de muitos, uma lição sobre história econômica.

Dessa vez, não vou escrever com minhas próprias palavras. Isso porque quando escrevo é para simplificar e tornar a coisa um pouco mais divertida do que da maneira formal de ensinar economia. Mas dessa vez, acho que a explicação e o tema em si já está em um contexto divertido e simples o bastante. O texto de hoje  será retirado de um livro de economia, e portanto, cito sua referência bibliográfica antes de mais nada, para os devidos créditos ao autor: N. Gregory Mankiw, "macroeconomia" quinta edição, Editora LTC, cap 4 pag: 68

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"O movimento da prata livre, a eleição de 1896 nos Estados Unidos e o mágico de Oz"

As redistribuições da riqueza causada por mudanças inesperadas do nível de preço são com frequência uma fonte de distúrbio político, como ficou evidenciado pelo movimento da Prata Livre, ao final do séc XIX nos Estados Unidos.
De 1880 a 1896, o nível de preços no país caiu 23%. Essa deflação foi boa para os credores, em particular, os banqueiros da região Nordeste, mas foi ruim para os devedores, em particular os fazendeiros das regiões Sul e Oeste do país. Uma solução proposta para esse problema foi a substituição do padrão ouro por um padrão bimetálico, pelo qual tanto o ouro quanto a prata poderiam ser cunhados em moedas. A mudança para um padrão bimetálico aumentaria a oferta de dinheiro e acabaria com a deflação.

A questão da prata prevaleceu a eleição presidencial de 1896. William McKinley, o candidato republicano, fez campanha com uma plataforma de preservação do padrão ouro. Willian Jennings Bryan, o candidato democrata, era favorável ao padrão bimetálico. Em um discurso famoso, Bryan proclamou: " Não empurrarão na cabeça do trabalho essa coroa de espinhos, não vão crucificar a humanidade numa cruz de ouro". Não surpreende que McKinley fosse o candidato do establishment conservador do Leste, enquanto Bryan era o candidato dos populistas do Sul e do Oeste.

Esse debate sobre a prata encontrou sua expressão mais memorável em um livro para crianças, O Mágico de Oz. Escrito por um jornalista do Meio-Oeste, L. Frank Baum, logo depois da eleição de 1896, o livro conta a história de Dorothy, uma menina perdida numa terra estranha, longe de sua casa no Kansas. Dorothy (representando os valores tradicionais americanos) faz três amigos: um espantalho (o agricultor), um homem de lata (o trabalhador industrial) e um leão, cujo rugido excede seu poder ( William Jennings Bryan). Juntos, os quatro percorrem uma perigosa estrada de tijolos amarelos (o padrão ouro), esperando encontrar o Mágico que ajudará Dorothy a voltar para casa. Acabam chagando a Oz (Washington), onde todos vêem o mundo através de óculos verdes (o dinheiro). O mágico (William McKinley) tenta ser todas as coisas para todas as pessoas, mas se revela uma fraude. O problema de Dorothy só é resolvido quando ela toma conhecimento do poder mágico de suas sandálias de prata.
Embora os republicanos tenham ganho a eleição de 1896 e os Estados Unidos tenham permanecido no padrão ouro, os defensores da Prata Livre conseguiram a inflação que queriam. Na época da eleição, descobriu-se ouro no Alasca, na Austrália e na África do Sul. Além disso, os refinadores de ouro criaram o processo de cianeto, que facilita a separação do ouro do minério. Esses acontecimentos levaram a aumentos da oferta monetária e dos preços. De 1896 a 1910, o nível de preços subiu 35%.

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Vale incluir um pedaço de uma nota de rodapé do autor:"O filme realizado 40 anos depois escondeu grande parte da alegoria, ao mudar as sandálias de Dorothy de prata para rubi. (...)


Bom, é isso! Gostaram? Interessante né?
Bjo =)
Até mais!



terça-feira, 12 de março de 2013

A esperança

Ai ... a esperança ...
Esperança por dias melhores, por mais saúde, dias amenos de sol, mais diversão, por mais sucesso no trabalho, por mais facilidade em aprender as coisas.
Se eu pudesse pedir algo para um gênio da lâmpada , seria aprender e conseguir reproduzir o conhecimento de qualquer coisa em no máximo um mês. Não interessa o que fosse: desde um origami, até a construção de um prédio.
Isso me permitiria uma infinidade de benefícios: Viajar para todos os países falando fluentemente sua língua natal, aprender com desenvoltura matérias de faculdade que acho fantásticas, mas tenho dificuldade. Poder construir móveis de arquitetura, lustres, carros mais econômicos ..... qualquer coisa, em no máximo um mês.
Agora pense você, se pudesse pedir algo para o gênio da lâmpada, o quê pediria?
Embora a probabilidade de um gênio aparecer logo para a gente seja nula, não custa nada sonhar um pouquinho .... Afinal....... Vai quê acontece.... né? srsrsrsrs

Esse blog hoje, embora vá falar de esperança, não será bem essa a esperança que mencionei, mas sim a esperança estatística.

O quê é esperança para eles? Podemos dizer com um certo desdém que a esperança deles é conseguir calcular qual o número que irá sair, levando em conta a probabilidade dele sair.
É uma medida tipo a média, mas é calculado de maneira diferente.

Vejamos um caso como o de um investimento:
Marcelo tem duas propostas:
Caso 1- Ganhar 100 reais caso invista na poupança
Caso2-Ganhar 150 reais ou ficar apenas com 50 reais em uma aposta. A chance (probabilidade) de cada um ocorrer é de 50%

Esperança do primeiro caso: Ganha 100 reais com certeza, ou seja, probabilidade 1
E(Caso 1) = 100*1=100
Esperança do primeiro caso: Ganha 150 reais com chance de 50% ou ganha 50 com a mesma chance.
E(Caso 2) = 150*0,5 + 50*0,5 =75+25=100

Nesse caso que demos, o caso 1 e o 2 deram esperanças iguais. Entretanto , se , ao invés de 150, ganhássemos 140, esse valor de esperança já não seria o mesmo. E o mesmo ocorre caso mudássemos a probabilidade de cada evento do caso 2.

Agora imagine que você seja o Marcelo, o que é melhor? O caso um ou o caso dois?

Essa pergunta não possui uma resposta certa, pois ela depende do perfil que você possui.

- Caso você prefira ganhar cem reais com certeza, você tem um perfil conservador.
-Caso você prefira arriscar perder 50 reais em relação ao caso 1, pois está visualizando que pode ganhar os 150 ao invés de só 100, você é um investidor agressivo, isto é, um investidor que aceita correr o risco em busca de resultados melhores.

Por isso que existem tantas possibilidades de investimentos: LTN, poupança, renda fixa, renda variável....
Cada uma oferece mais ou menos risco para o seu investidor e é razoável imaginar que quanto mais risco o investidor está disposto a arcar , mais ele quer ser remunerado por isso.
Assim, investimentos consideráveis mais seguros, como é o caso da poupança, possuem um juros bem baixinho. Ao passo que investimentos mais arriscados, possuem um juros muito maior, mas muito mais chance do investidor ter perdas também.

Espero que tenham gostado do texto.
Até mais =)